
"Eva" - Alexandre Ribeiro
Nos jardins do templo corremos,
Saltamos, brincamos e amamos.
Como amantes cujo amor é setenta vezes sete maior
Que todo o planeta,
Que todas as estrelas,
E galáxias,
Que todo o infinito universo.
E uma bela árvore surgira...
Mesmo no certo do jardim,
Com um fruto belo
Que à inocência traria fim.
E porque se esse fruto existe,
Deve ser provado.
Dá-me desse fruto!
Tira-o do centro dessa árvore!
Não há mal para conhecer se só existe o bem,
Conhecimento teremos,
Mas diferentes seremos
E na alma a pureza alcançaremos.
Dá-me desse fruto!
Para que algo de novo surja,
Ter-se-á de subtrair um alimento desta árvore.
E provamos;
E deu fruto;
E vimos que esse também daria semente
E que um dia a descendência,
Ainda mais sábia seria
E no trigésimo terceiro dia,
Luz e o sentido surgiria.
"Certamente cedo venho"
E do que de amor apareceu,
De amor, eterno permanecerá.